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Famílias cristãs voltam para suas casas no Iraque após 10 anos

Após uma década vivendo como deslocados internos devido à guerra, 22 famílias cristãs finalmente retornaram às suas casas na planície de Nínive, no Iraque. A maioria dessas famílias, oriundas do distrito de Qaraqosh, teve que fugir em 2014, quando extremistas do Estado Islâmico assumiram o controle da região.

O retorno, que ocorreu neste mês, contou com a segurança necessária para garantir a tranquilidade das famílias durante esse processo. A organização Portas Abertas destaca que, apesar das bênçãos desse retorno, cada família agora enfrenta o desafio de recomeçar do zero em suas cidades natais.

Essas famílias, durante os últimos 10 anos, viveram como deslocados internos, longe de suas casas, devido à instabilidade causada pela guerra no Iraque. A cidade de Qaraqosh, de onde a maioria é originária, tornou-se um local de desespero em 2014, quando extremistas do Estado Islâmico tomaram o controle de Nínive, forçando-os a abandonar seus lares em busca de segurança.

Os desafios após o retorno

O retorno para casa é um misto de alívio e desafios. A segurança agora proporcionada é um aspecto positivo, mas recomeçar após tantos anos de deslocamento é uma tarefa árdua para essas famílias. Recuperar o que foi perdido, reconstruir lares e reiniciar a vida demandará esforço e perseverança.

Algumas semanas antes desse retorno tão aguardado, uma boa notícia também alegrava a comunidade cristã local. Uma igreja em Bagdá celebrou a ordenação de 12 diáconos, sinalizando um fortalecimento da fé e dos serviços na região. Além disso, as chuvas deste ano foram motivo de gratidão, especialmente pela abundância delas em comparação ao ano anterior, que resultou em perdas nas plantações devido à escassez de precipitação.

Entretanto, mesmo diante das alegrias, a comunidade cristã iraquiana enfrenta desafios contínuos. Os cristãos de origem muçulmana necessitam de apoio espiritual para manterem sua fé em meio às adversidades. Além disso, um ataque de mísseis em janeiro deste ano gerou incertezas, aumentando a ansiedade e a apreensão entre a população.

Apesar das dificuldades, a mensagem é de esperança. A Igreja no Iraque, ainda que confrontada por desafios, conta com as orações e o apoio da comunidade cristã global. O desejo do povo iraquiano é vivenciar momentos de paz, almejando um cotidiano livre dos constantes ataques e das pressões diárias. A organização Portas Abertas conclama a união dos cristãos pelo mundo em oração, solidarizando-se com seus irmãos iraquianos que anseiam pelo amor e cuidado da comunidade cristã global.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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