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Estudo que usa campo magnético comprova existência de cidade bíblica

Em um emocionante mix de ciência e história, um estudo recente feito por cientistas das Universidades de Tel-Aviv, Hebraica de Jerusalém, Bar-Ilan e Ariel, publicado na revista PLOS ONE em outubro de 2023, validou um evento relatado no Antigo Testamento. O estudo confirmou a destruição da cidade filisteia de Gate, hoje conhecida como Tel Safi, um acontecimento supostamente provocado pelo rei Hazael de Aram.

O que foi descoberto

Para validar a história, os pesquisadores aplicaram uma técnica inovadora que detecta campos magnéticos antigos em tijolos queimados. Essa nova tecnologia é capaz de determinar se um tijolo passou por uma queima, mesmo a temperaturas relativamente baixas, a partir dos 200°C. Isso porque, conforme explica Yoav Vaknin, líder da pesquisa, a argila dos tijolos contém partículas ferromagnéticas que, quando submetidas ao calor, liberam sinais magnéticos alinhados com o campo magnético da Terra.

Como as descobertas são relevantes

“The findings are important for determining the intensity of the fire,” the researchers say. “And the extent of destruction in Gath – the largest and most powerful city in the region at the time – and also for understanding building practices in the region.” Os pesquisadores também aplicaram uma técnica conhecida como desmagnetização térmica, que neutraliza o campo magnético do tijolo de forma gradual. Com isso, eles puderam confirmar que os tijolos queimaram e esfriaram no local, em um incêndio que levou ao desabamento da estrutura em poucas horas.

Confirmação bíblica

O evento estudado pelos cientistas se conecta com uma passagem da Bíblia que diz: “Então subiu Hazael, Rei de Aram, e atacou Gate e a tomou. Depois, ele resolveu atacar Jerusalém” (2 Reis 12:17), conforme aponta a Galileu. “Durante as Eras do Bronze e do Ferro, o principal material de construção na maior parte da Terra de Israel eram tijolos de barro”, explicou Oded Lipschits, colaborador do estudo do Instituto de Arqueologia Sonia & Marco Nadler da Universidade de Tel-Aviv. “Esse material barato e prontamente disponível era usado para construir paredes na maioria dos edifícios, às vezes sobre fundações de pedra”. Este estudo demonstra a importância de unir métodos científicos modernos com estudos históricos e religiosos, oferecendo uma visão única e multidimensional do passado de nossa civilização.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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