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De Nobreza a Santidade: A renúncia de Santa Gertrudes e sua missão educativa | 17/03

A Santa do dia 17/03, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: Santa Gertrudes. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam Santa Gertrudes digna de ser lembrada e celebrada neste dia especial.

Santa Gertrudes

Santa Gertrudes, nascida no povoado de Brabante, Bélgica, em 626, trilhou um caminho extraordinário que a levou da nobreza à santidade. Filha de Pepino de Landen e Ida, nobres e religiosos, ela deixou uma marca indelével na história com sua notável trajetória.

Ao se tornar abadessa do duplo mosteiro de Nivelles, masculino e feminino, após a morte de sua mãe, Gertrudes dedicou-se à instrução e motivação espiritual de seus irmãos e irmãs monásticos. Enfrentando o desafio de uma época marcada pela ignorância e superstições, ela iniciou um processo vigoroso de reformulação, trazendo monges teólogos da Irlanda para fundamentar essa transformação.

Sua missão educativa não se limitou aos muros do mosteiro. Gertrudes utilizou a fortuna familiar e sua influência para enriquecer a biblioteca, mandando emissários a Roma em busca de livros que ampliassem o conhecimento litúrgico. Assim, ela combateu a ignorância que envolvia tanto o clero como a população em geral.

Além de sua dedicação à educação, Gertrudes era dotada de sabedoria e predisposição para a santidade. Seus dons especiais incluíam visões, revelações e graças obtidas durante suas orações contemplativas, acompanhadas de jejuns e penitências constantes. Devota de Maria e Jesus Crucificado, ela direcionava seus sacrifícios às almas do purgatório, simbolizadas por ratos negros que se transformavam em dourados, representando a salvação pela Misericórdia Divina.

A destacada capacidade de compreender os anseios das almas tornou Gertrudes uma pacificadora eficaz. Ao intervir nas disputas entre senhores locais, suas palavras, carregadas de sabedoria e autoridade, conduziam ao diálogo e à conciliação, pacificando regiões marcadas por conflitos.

Apesar de sua morte em 17 de março de 659, aos trinta e três anos, o culto a Santa Gertrudes permanece vivo. Mesmo o precioso relicário que guardava seus restos mortais, destruído em 1940, não diminuiu a veneração que perdura no mundo católico, que continua a celebrá-la nesse dia. A influência de Santa Gertrudes, de nobre abadessa a ícone de paz e educação, é lembrada como um legado valioso na história da fé cristã.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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