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Autoridades bielorrussas prendem pastor por rezar pela paz na Ucrânia

A guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 com a invasão russa, continua a impactar vidas e comunidades ao redor do mundo. Milhares de pessoas perderam suas casas, e a violência gerou uma crise humanitária significativa. A guerra também causou turbulências políticas em vários países, com governos e organizações enfrentando questões de segurança e solidariedade internacional.

Pastor preso por rezar pela paz na Ucrânia

No contexto desta guerra, o pastor Alyaksandar Zaretsky, líder de uma igreja no nordeste de Vitsebsk, Bielorrússia, foi preso por supostamente incentivar orações pelo fim do conflito. Inicialmente, ele foi acusado de “distribuição de materiais extremistas”, mas as autoridades alegam que ele mobilizou seus seguidores para rezar pela paz na Ucrânia e pelos presos acusados injustamente.

Zaretsky foi detido por mais de 15 dias, negando qualquer irregularidade e alegando que suas palavras foram mal interpretadas. Sua prisão ocorre em um momento em que a repressão contra líderes cristãos na Bielorrússia está aumentando. Outro pastor, Vladislav Beladzed, foi recentemente condenado a três anos de prisão em Minsk, acusado de incitação ao ódio e insulto ao presidente Alexander Lukashenko.

A Bielorrússia, governada por Lukashenko, enfrenta críticas internacionais devido a relatos de fraudes eleitorais e repressão a protestos pacíficos após sua reeleição em 2020. A prisão de Zaretsky é um exemplo da repressão mais ampla contra líderes religiosos, principalmente os não-ortodoxos, no país.

Organizações cristãs expressaram preocupação com a pressão crescente sobre os cristãos na Bielorrússia. O país esteve entre os 50 mais perseguidos pela Lista Mundial da Perseguição entre 2002 e 2012, e atualmente ocupa a 75ª posição na Lista de Países em Observação de 2024, indicando um aumento da pressão sobre minorias religiosas.

A detenção de Zaretsky chama a atenção para a complexidade da situação na Bielorrússia e para a preocupação com a liberdade religiosa e de expressão. Sua prisão é um lembrete do ambiente opressivo que os cristãos e outros grupos enfrentam neste país.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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