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Tortura e Prisão: O destino dos refugiados Norte-coreanos que lerem a bíblia

A perseguição religiosa contra cristãos é uma realidade alarmante em muitas partes do mundo. Em diversos países, praticar a fé cristã pode levar a discriminação, violência e até mesmo a morte. Este cenário é especialmente grave em lugares onde regimes autoritários ou extremistas veem a prática religiosa como uma ameaça ao seu controle. Entre esses países, a Coreia do Norte se destaca pela severidade e crueldade com que trata os cristãos.

Na Coreia do Norte, os cristãos são considerados inimigos do Estado e frequentemente acusados de espionagem. O regime norte-coreano vê qualquer forma de religião como uma ameaça à sua ideologia e, portanto, persegue implacavelmente aqueles que praticam a fé cristã. Refugiados norte-coreanos que são pegos lendo a Bíblia ou participando de reuniões cristãs enfrentam punições extremamente severas. Muitos são enviados a campos de prisioneiros políticos, onde são submetidos a torturas e trabalhos forçados.

Destino dos refugiados Norte-coreanos

Recentemente, a missão Portas Abertas (PA) revelou que 10 entre 200 refugiados norte-coreanos escondidos na China foram forçados a retornar à Coreia do Norte. O motivo de sua detenção foi o contato com cristãos e a leitura da Bíblia. Esses indivíduos foram torturados por três meses antes de serem enviados aos campos de prisioneiros. Simon Lee, um parceiro da PA, explicou que os cristãos são alvos de extrema perseguição porque o regime os considera espiões. Uma das principais preocupações das autoridades durante os interrogatórios é descobrir se os refugiados frequentaram igrejas ou leram a Bíblia na China.

Os testemunhos de sobreviventes são aterrorizantes. So Young, uma cristã norte-coreana, foi presa na China por participar de um encontro secreto de mulheres cristãs. Ela mentiu sobre sua fé para evitar torturas mais severas e foi enviada a um acampamento de reeducação por três anos. Após cumprir sua pena, ela conseguiu fugir novamente para a China e hoje vive na Coreia do Sul. A PA estima que entre 50 e 70 mil cristãos estão atualmente presos ou em campos de trabalhos forçados na Coreia do Norte.

A única maneira de muitos cristãos norte-coreanos conhecerem o Evangelho é por meio de programas de rádio clandestinos. A missão Portas Abertas destaca que a Coreia do Norte é o lugar mais difícil do mundo para ser cristão, liderando a Lista Mundial de Observação de 2024. A perseguição implacável e a determinação dos cristãos norte-coreanos em manter sua fé, mesmo diante de tais adversidades, são um testemunho poderoso de sua resiliência e coragem.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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