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Suspeitos e mandantes na mira: quem mandou matar Sara Mariano

A prisão dos envolvidos na morte da cantora gospel Sara Mariano tem revelado mais sobre o caso, em especial sobre a participação financeira do marido da cantora, Ederlan Santos Mariano. De acordo com informações das autoridades, houve divisão de dinheiro entre aqueles que executaram o crime. Tal descoberta coloca Ederlan como o primeiro suspeito, cuja detenção ocorreu no dia 28 de outubro.

Na execução do crime, participaram diretamente três indivíduos: Weslen Pablo Correia de Jesus, também conhecido como Bispo Zadoque, Gideão Duarte, um motorista de aplicativo, e Victor Gabriel de Oliveira. Estes, ao serem confrontados em acareação, admitiram ter recebido a quantia de R$ 2 mil, rateada por Ederlan. Este procedimento de confrontação ocorreu no dia 16 de dezembro na delegacia de Dias D’Ávila, localizada na região metropolitana de Salvador, responsável pelas investigações.

Por que o nome Davi Oliveira aparece na divisão do dinheiro?

Em meio aos nomes dos que participaram diretamente do crime, um outro nome surge: Davi Oliveira. Segundo os suspeitos, este recebeu a quantia de R$ 200. No entanto, esse valor teria sido dado como cortesia, uma vez que Davi tinha ciência do plano de assassinar Sara Mariano, mas não se fez presente em nenhuma das etapas da execução.

Qual foi o desenrolar do crime?

A acareação também trouxe à tona detalhes sobre como se sucedeu o crime. Sara Mariano desapareceu no dia 24 de outubro, quando saiu de sua residência localizada no bairro de Valéria, em Salvador, para comparecer a uma reunião de mulheres em uma igreja. Seu transporte até o local seria realizado por Gideão Duarte, seu conhecido de confiança, que utilizou um carro emprestado por uma outra pessoa, Apóstolo Hugo, figura conhecida no meio religioso e que não é investigado pela participação no crime. Após entrar no carro com Duarte, Mariano não foi mais vista.

Com o desaparecimento da cantora, Ederlan Mariano promoveu buscas pela esposa através da imprensa e das redes sociais. Três dias mais tarde, no dia 27 de outubro, o corpo da cantora foi encontrado. Ederlan, assim como Zadoque, amigo da vítima e detido na noite de terça-feira (14), e Gideão Duarte, preso na quarta-feira (15), encontram-se detidos no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.

O Plano do Crime

Ambos frequentavam a mesma igreja na cidade de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador. De acordo com Victor, o crime estava sendo planejado desde setembro. Em uma noite, ele e Bispo Zadoque dormiram em um estúdio administrado por Ederlan Santos Mariano, o marido da vítima e suposto mandante do assassinato.

Quem está envolvido no caso?

Nesta mesma ocasião, conforme Victor, Ederlan definiu os valores que seriam pagos ao Bispo Zadoque pela execução. No dia combinado, o aplicativo de transporte Gideão Duarte levou Victor e o Bispo Zadoque para o local do crime, onde infelizmente a cantora foi brutalmente morta. Durante a entrevista, Victor se emocionou, afirmando que se sente arrependido pelo ocorrido.

Segundo as informações dadas por Victor à polícia, ele foi pago com R$ 500 por Ederlan, enquanto Gideão recebeu R$ 400 e Bispo Zadoque R$ 900. Além disso, também havia a promessa de pagamento adicional variando entre R$ 10.000 e 15.000, valor que a Sara teria guardado.

Consequências do Crime

No desdobramento mais recente do caso, os quatro suspeitos foram presos e estão atualmente detidos no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. As autoridades estão conduzindo uma investigação aprofundada sobre o caso para garantir que seja feita justiça pelo crime hediondo cometido contra a cantora Sara. Com as recentes revelações, o caso também se tornou um alerta chocante sobre a brutalidade e violência nas relações pessoais e profissionais no meio religioso.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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