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São Teodósio pregou e foi perseguido: conheça a história | Santo do dia 11/01

O Santo do dia 11/01, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: São Teodósio. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam São Teodósio digno de ser lembrado e celebrado neste dia especial.

Qual foi o impacto de São Teodósio na vida monástica?

São Teodósio, depois de algum tempo vivendo e servindo em Belém, decidiu buscar a oração em solidão. Retirou-se para uma cela em uma gruta, onde teriam pernoitado os Três Reis Magos, e entregou-se à intensa oração e jejum. Passado algum tempo, a reputação da santidade de Teodósio começou a atrair aspirantes à vida religiosa, que se reuniam para receber seus ensinamentos.

Ao perceber a crescente demanda, Teodósio entendeu que deveria expandir seus ensinamentos além do ambiente solitário da gruta e fundou o primeiro mosteiro de vida comunitária, ou Laura, conhecido como o Monastério de São Teodósio. Além disso, ele construiu hospitais para os doentes, idosos e deficientes mentais, estendendo dessa forma suas obras de caridade.

A trajetória de Teodósio: predestinação e devoção à fé

Dotado de dons especiais, como o da profecia, prodígio, cura e conselho, Teodósio encontrou o direcionamento de sua missão divina quando se encontrou com Simeão, um santo que havia optado por viver em completo retiro, num lugar acorrentado e numa torre que ele mesmo construiu. Simeão, que nunca tinha visto Teodósio pessoalmente, chamou-o pelo nome e anunciou que Deus o havia escolhido para converter e salvar muitas pessoas. Por essa razão, Teodósio decidiu se tornar um monge em um convento próximo à Torre de Davi, onde rapidamente se tornou provedor de uma igreja consagrada a Nossa Senhora. Entretanto, sentiu que aquele não era o seu chamado; ele ansiava pela vida solitária de um monge no deserto.

A vida de Teodósio no deserto e a construção de uma comunidade religiosa

Motivado por um sonho onde São Longuinho lhe orientava, Teodósio decidiu habitar em uma caverna, que, acredita-se, foi ocupada pelos Reis Magos após o nascimento de Jesus em Belém. Nessa caverna, entregou-se a duras penitências e orações. O sentido de humildade com que pregava atraía todos que por lá passavam. Teodósio começou a receber muitos discípulos e outros monges desejosos de aprender. Essa congregação deu início a uma nova comunidade religiosa cenobítica. Essa comunidade, apesar de estar retirada do mundo, servia aos demais, unida pelos mesmos interesses, princípios e preceitos cristãos.

Teodósio construiu três conventos para acolher discípulos de diversas nacionalidades: um para os que falavam grego, outro para os eslavos e um terceiro para os de idiomas orientais como hebreu, árabe e persa. Todos localizados nos arredores de Belém. Também construiu três hospitais, um para idosos, outro para pessoas com variados tipos de doenças e um terceiro para quem sofria com enfermidades mentais – uma ideia bastante inovadora para aquela época. Além disso, erigiu quatro igrejas.

A fama de Teodósio o levou ao posto de arquimandrita da Palestina, isto é, superior geral de todos os monges. Entretanto, sua postura combativa contra os hereges acabou por levar ao seu exílio, após um confronto com o Imperador Anastácio. Depois do falecimento do imperador, Teodósio pôde retornar à Palestina e reconquistar a sua liderança entre os monges.

Quando Teodósio partiu deste mundo, em 529, com 105 anos de idade. Seu corpo foi depositado na gruta onde, dizem, repousaram os Reis Magos, entre Jerusalém e Belém. O funeral de Teodósio foi acompanhado pelo Arcebispo de Jerusalém e presenciado por muitos cristãos da Cidade Santa, onde ocorreram numerosos milagres. Até hoje, muitos desses prodígios ainda ocorrem ao redor do seu túmulo. O culto a Teodósio, profanado e saqueado pelos árabes sarracenos, rapidamente se difundiu pelo mundo cristão e se mantém ainda hoje muito forte.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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