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São Jorge é católico ou umbanda: entenda o sincretismo religioso e o significado do santo

O dia 23 de abril marca a celebração de São Jorge, uma figura venerada tanto no catolicismo quanto na umbanda. O santo é aclamado por milhares de devotos em igrejas e capelas, especialmente no Rio de Janeiro, onde a data é considerada feriado. Mas afinal, São Jorge é católico ou umbandista? Essa dualidade revela um fascinante sincretismo religioso.

A História de São Jorge

Nascido no século III, em Capadócia (atual Turquia), Jorge de Anicii, criado por pais cristãos, destacou-se no serviço militar romano. Diante da perseguição aos cristãos em 303 d.C., Jorge doou seus bens, professou sua fé em Cristo e enfrentou torturas, sendo decapitado. A famosa luta contra o dragão, uma metáfora do bem contra o mal, contribui para sua imagem de guerreiro cristão.

No catolicismo, São Jorge é reverenciado como um mártir que sacrificou sua vida em nome da fé cristã. A Igreja Católica, embora não tenha uma posição definida sobre a cremação, emitiu uma resolução nos anos 1970 “liberando” esse procedimento.

No contexto da umbanda brasileira, São Jorge sincretiza-se com elementos do candomblé e espiritismo. Associado a Ogum, orixá guerreiro, São Jorge torna-se patrono dos exércitos. Esse sincretismo, nascido da resistência dos escravizados em preservar suas crenças, une a figura do santo católico à divindade orixá, destacando traços como batalha, espada e coragem.

Devoção e Oração:

O Dia de São Jorge é marcado por fervorosos devotos que acendem velas e recitam orações em homenagem ao santo guerreiro. A devoção transcende fronteiras, tornando São Jorge uma figura de relevância global.

Em meio a essas tradições e sincretismos, São Jorge é celebrado, lembrando-nos da riqueza cultural e espiritual que permeia sua história.

A oração completa de São Jorge:

Ó São Jorge, meu Santo Guerreiro, invencível na fé em Deus, que trazeis em vosso rosto a esperança e confiança, abre meus caminhos. Eu andarei vestido e armado com vossas armas para que meus inimigos, tendo pés, não me alcancem, tendo mãos, não me peguem, tendo olhos, não me enxerguem, e nem em pensamentos possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrar.

Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estendei vosso escudo e vossas poderosas armas, defendendo-me com vossa força e grandeza.

Ajudai-me a superar todo desânimo e a alcançar a graça que vos peço (neste momento, é citado o pedido). Dai-me coragem e esperança, fortalecei minha fé e auxiliai-me nesta necessidade.

São Jorge, rogai por nós. Amém.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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