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Santa Margarida de Cortona viveu vida mundana antes de se encontrar | Santo do Dia 22/02

A Santa do dia 22/02, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: Santa Margarida de Cortona. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam Santa Margarida de Cortona digna de ser lembrada e celebrada neste dia especial.

A vida inspiradora de Santa Margarida de Cortona

A história de Santa Margarida de Cortona é marcada por adversidades, luta e transformação. Nascida em 1247 na Toscana, Itália, em uma família de camponeses pobres, Margarida perdeu a mãe ainda aos 7 anos de idade. Sua vida deu uma guinada dramática quando se tornou amante de um nobre de Montepulciano na adolescência, com quem teve um filho.

Em 1273, mais uma tragédia a atingiu: o pai de seu filho foi assassinado. Margarida, agora mãe solteira, foi desprezada tanto pela família do nobre quanto pelo próprio pai e madrasta. O desespero, no entanto, viria a desempenhar um papel fundamental em sua conversão e redenção.

Conversão e devoção a caridade de Santa Margarida

Movida por seu arrependimento, Margarida buscou apoio espiritual no Convento Franciscano de Cortona, após três anos de penitência. Em 1277, decidiu viver em pobreza como Irmã da Ordem Terceira Franciscana. Seu filho foi entregue aos cuidados de outros franciscanos, em Arezzo.

Santa Margarida tornou-se uma figura devota à oração e à caridade, dedicando-se a assistir e cuidar de doentes, pobres e sem-abrigo. Em 1278, com apoio, fundou a Confraria de Santa Maria da Misericórdia, um refúgio para as mulheres, religiosas ou leigas, servirem aos mais necessitados.

Reconhecimento e legado de Santa Margarida

Após sua morte em 1297, o culto a Santa Margarida popularizou-se na cidade onde viveu até seus últimos dias. Em 16 de Maio de 1728, foi oficialmente canonizada pelo Papa Bento XIII após o Papa Leão X conceder a comemoração de sua memória litúrgica no dia da morte, 22 de Fevereiro.

Santa Margarida de Cortona é lembrada como protetora dos órfãos, mães solteiras, prostitutas, sem-abrigo, entre outros. Ela é frequentemente retratada com o hábito de franciscana e um véu branco, às vezes acompanhada de um cachorrinho aos pés ou como penitente, contemplando a Cruz de Cristo e uma caveira.

O legado de Santa Margarida de Cortona hojes

A influência de Santa Margarida continua presente até os dias de hoje. Na primeira metade do século XIX, em Lisboa, foi criada uma instituição pública com seu nome voltada ao acolhimento de prostitutas. E em 1950, o realizador italiano Mario Bonnard dirigiu um filme biográfico sobre ela, denominado “Margarida da Cortona”.

Santa Margarida de Cortona representa uma história inspiradora de arrependimento, fé e caridade, que continua a tocar corações por toda a parte.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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