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Posso ‘ficar’ com alguém? Ficar é pecado? Confira o que está na Bíblia

Nesta era moderna, uma pergunta frequente na pastoral juvenil é “o que pode” e “o que não pode” em relação às interações sociais e românticas entre os jovens. Este artigo busca ir além do ato concreto de “ficar” com alguém, questionando o significado intrínseco desse ato.

A busca pela superioridade

Consideremos a situação de uma pessoa que, numa festa, busca estabelecer um recorde de com quem consegue “ficar” mais. É evidente que, para alcançar o seu objetivo, a pessoa está usando outros como troféus para exibir alguma habilidade especial. No entanto, esta é uma maneira estranhamente superior de ver as relações humanas, pois ignora a empatia e o respeito mútuo.

Ambiguidade no início de um relacionamento

Outra situação comum envolve duas pessoas que têm um interesse romântico mútuo e que decidem “ficar” para iniciar um relacionamento. No entanto, se não houver clareza desde o início, podem surgir problemas. Cada pessoa pode ter expectativas diferentes quanto ao futuro do relacionamento, levando a mal-entendidos.

A perspectiva do Catecismo

O Catecismo (nº 2332) enfatiza que a sexualidade permeia todos os aspectos da pessoa humana, afetando a afetividade, a capacidade de amar e procriar e, de maneira mais geral, a aptidão para criar laços de comunhão com os outros. Isso implica que a forma como nos relacionamos com pessoas do sexo oposto deve levar em conta essas considerações.

A importância da castidade

Com base nisso, a virtude da castidade é enfatizada (nº 2336). A castidade “significa a integração conseguida da sexualidade na pessoa” e implica no auto-controle, que é essencialmente uma pedagogia da liberdade humana. Além disso, ressalta-se (nº 2350) que é vital que os noivos vivam a castidade e reservem para o matrimônio as manifestações de ternura específicas do amor conjugal.

O ato de “ficar” é confuso e potencialmente prejudicial

Diante disto, podemos concluir que o ato de “ficar” com alguém é confuso na melhor das hipóteses. No pior dos casos, ele realmente ameaça a construção da virtude da castidade. A castidade não é apenas sobre continência, mas também sobre uma abordagem adequada da afetividade, da capacidade de amar e da capacidade de criar laços de comunhão. Portanto, os jovens devem ser encorajados a ponderar cuidadosamente o impacto de suas ações em suas vidas e nas vidas de outros, a fim de nutrir a habilidade de manter relacionamentos saudáveis e respeitosos.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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