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Patriarca Kirill da Igreja Ortodoxa Russa define invasão da Ucrânia como uma batalha espiritual em prol da “Santa Rússia”

A Igreja Ortodoxa Russa, uma das maiores denominações cristãs do mundo, desempenha um papel significativo na vida espiritual e cultural da Rússia e de muitos outros países do leste europeu e da Ásia Central. Fundada em 988 d.C., a igreja tem uma rica história que remonta ao cristianismo primitivo e mantém tradições litúrgicas e doutrinárias distintas.

Patriarca Kirill

No centro das questões recentes está o Patriarca Kirill, o líder da Igreja Ortodoxa Russa desde 2009. Nascido em 1946 em Leningrado, hoje São Petersburgo, Kirill, antes de se tornar patriarca, foi um influente bispo e metropolita. Ele é conhecido por suas posições conservadoras e seu apoio ao presidente Vladimir Putin, sendo frequentemente visto como um aliado do governo russo.

Recentemente, Kirill e a Igreja Ortodoxa Russa têm se envolvido em polêmicas devido à sua posição em relação à invasão da Ucrânia. O Conselho Mundial do Povo Russo, liderado por Kirill, caracterizou a invasão ordenada por Putin como uma batalha espiritual pela “Santa Rússia”. Essa declaração, emitida após um congresso sinodal presidido por Kirill, retrata a guerra como uma cruzada espiritual para manter a unidade russa e defender contra a influência ocidental.

Essa mudança na postura da Igreja reflete uma rejeição dos princípios éticos e teológicos do Cristianismo em favor do apoio político a Putin e à sua agenda expansionista. O documento do Conselho Mundial do Povo Russo representa mais do que uma simples declaração; ele descreve um programa político que busca justificar a agressão russa à Ucrânia sob uma roupagem espiritual, marcando uma nova fase na relação entre a Igreja Ortodoxa Russa e o Estado russo.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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