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Ódio à cristãos dobra nos Estados Unidos em 2023, aponta relatório

O ano de 2023 testemunhou um aumento alarmante nos casos de hostilidade contra igrejas nos Estados Unidos, revelando um cenário preocupante que ecoa em todo o país. De acordo com o recente relatório do Conselho de Pesquisa da Família, intitulado “Hostilidade Contra Igrejas”, o número de incidentes relatados atingiu um patamar alarmante, ultrapassando os registros dos anos anteriores.

Ao longo de 2023, foram registrados 436 incidentes, mais do que o dobro do ano anterior e oito vezes mais do que em 2018. Esses dados inquietantes lançam luz sobre uma tendência ascendente que demanda uma análise detalhada.

Relatório de incidentes

O relatório abrange diversos tipos de incidentes, destacando 315 casos de vandalismo, 75 ataques ou tentativas de incêndio criminoso, 10 relacionados a armas de fogo, 20 ameaças de bomba e 37 outros incidentes. É preocupante observar que 17 dos incidentes se enquadram em mais de uma categoria, sendo o vandalismo e incêndio criminoso as combinações mais comuns.

O presidente do Conselho de Pesquisa da Família, Tony Perkins, apontou para uma conexão entre a crescente perseguição religiosa global e a hostilidade intensificada contra igrejas nos EUA. Ele destacou que políticas governamentais podem estar contribuindo para a formação desse ambiente hostil.

O relatório também revela uma distribuição preocupante dos incidentes em 48 estados e no Distrito de Columbia, sendo a Califórnia o estado mais afetado, seguido pelo Texas. Cada incidente, seja ele um ato de vandalismo, incêndio criminoso ou ameaça, representa não apenas danos físicos, mas também uma ameaça à liberdade religiosa e à segurança das comunidades de fé.

Casos alarmantes, como o vandalismo à Igreja Metodista Unida Fowler, que resultou em danos superiores a US$100.000, evidenciam a gravidade da situação. Páginas da Bíblia foram rasgadas, hinários profanados, e símbolos satânicos foram deixados como um triste testemunho dessa hostilidade crescente.

O relatório destaca que o aumento da hostilidade não diminuiu, pelo contrário, acelerou. A questão vai além dos simples incidentes isolados, representando uma tendência alarmante que merece a atenção da sociedade.

Esses atos hostis não apenas ameaçam a integridade física das igrejas, mas também enviam uma mensagem de desrespeito e rejeição às comunidades de fé. Diante desse contexto, é imperativo que a sociedade e as autoridades abordem essa questão, reafirmando a importância da liberdade religiosa e a coexistência pacífica de diversas crenças.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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