A Unção dos Enfermos emerge como o último dos sacramentos que os católicos recebem em vida, uma fonte de graça especial que oferece alívio espiritual e físico aos fiéis que enfrentam enfermidades graves ou fragilidades decorrentes da idade avançada. Este sacramento, muitas vezes mal compreendido e erroneamente associado a uma “sentença de morte”, é, na realidade, um poderoso meio de cura e fortalecimento espiritual.
A Unção dos Enfermos tem raízes no Antigo Testamento, onde a doença era misteriosamente ligada ao pecado, e os profetas intuíam seu potencial redentor. No Novo Testamento, a compaixão de Jesus pelos doentes e Suas numerosas curas destacam a chegada do Reino de Deus, com vitória sobre o pecado e a morte. A Igreja, seguindo a ordem de Jesus para cuidar dos enfermos, instituiu este sacramento específico.
Quando o católico recebe a Unção dos Enfermos?
A Unção dos Enfermos não é reservada apenas para situações de perigo iminente; ela pode ser ministrada em casos de doenças graves ou debilidade física significativa. Este sacramento é uma expressão do amor compassivo de Cristo pelos que sofrem, oferecendo suporte espiritual profundo. O momento ideal para receber a Unção dos Enfermos é quando o fiel começa a se sentir em perigo de morte por doença ou velhice. Além disso, ele pode recebê-lo novamente se a doença se agravar ou surgir outra enfermidade grave.
Quem pode dar a Unção dos Enfermos?
A administração deste sacramento, realizado por sacerdotes, envolve a unção com óleo benzido, seguida de orações específicas. A celebração é mais eficaz quando precedida pela confissão individual do doente, reforçando a conexão entre o perdão dos pecados e a cura espiritual. Importante destacar que diáconos não estão habilitados a administrar a Unção dos Enfermos. A responsabilidade recai sobre os sacerdotes, bispos e presbíteros, que têm o dever de instruir os fiéis sobre os benefícios deste sacramento e orientá-los a se preparar para recebê-lo com boas disposições. Ao entender a Unção dos Enfermos como parte integrante dos sacramentos, os católicos podem encontrar conforto, paz e coragem diante das dificuldades inerentes à doença grave ou à fragilidade da velhice, lembrando-se da presença amorosa e compassiva de Cristo em meio ao seu sofrimento.
