Um estudo recente conduzido pelo Barna Group, empresa cristã de pesquisa situada nos Estados Unidos, apontou que a maioria dos cristãos se sente desconfortável com a ideia de Inteligência Artificial (IA) sendo usada na igreja. Cerca de 1500 cristãos foram entrevistados para a pesquisa que buscou compreender a opinião desse grupo sobre o avanço da tecnologia em ambientes religiosos.
Segundo dados divulgados pelo CNE News, mais da metade dos cristãos (51%) acredita que a tecnologia de IA e a igreja não devem ser combinadas. Ainda mais surpreendente é que 52% dos entrevistados se sentiriam desapontados ao descobrir que a IA já está em uso em sua congregação.
Porque os cristãos desconfiam da Inteligência Artificial na igreja?
O descontentamento e apreensão em relação à IA não se limita à sua aplicação na igreja. A pesquisa ainda revelou que os cristãos confiam menos na IA em geral do que os não-cristãos. Apenas 28% dos cristãos entrevistados se mostraram esperançosos sobre impactos positivos que a IA pode oferecer ao mundo, enquanto que o percentual de não-cristãos otimistas em relação à IA é de 39%. Além disso, os cristãos não parecem compartilhar do mesmo entusiasmo ou fascínio pela IA comparado aos não-cristãos e estão menos convencidos de que ela possa facilitar suas vidas.
A IA na igreja levanta preocupações éticas e morais
Outra pesquisa realizada neste ano pela Gloo, corroborou a reticência quanto ao uso da IA na igreja ao revelar que 54% dos líderes religiosos entrevistados estavam extremamente preocupados com possíveis questões éticas e morais decorrentes do uso da IA em ambientes de fé. Essa preocupação adicional em relação à ética no uso da IA parece ser uma tendência entre os líderes religiosos.
Savannah Kimberlin, vice-presidente associada da Barna Group, destacou que as opiniões sobre a utilização da IA na igreja são variadas entre os líderes religiosos. Essa falta de consenso demonstrada na pesquisa é um reflexo da incerteza e do debate global em torno da ética e do papel da IA em diversos aspectos da vida humana.
Essas pesquisas levantam questões importantes que merecem ser exploradas com profundidade. A medida que a tecnologia avança, como a IA se encaixará na esfera religiosa? Quais são os limites éticos para o uso dessa tecnologia? E como os líderes e participantes das congregações reagirão a essa nova realidade? A verdade é que essas são perguntas que ainda buscam respostas. Enquanto isso, a IA continua a ser um tema de reflexão e debate no meio religioso.
