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Em reunião de comitê, Papa pede atenção constante contra a “tentação da corrupção”

No dia 11 de dezembro de 2023, o Papa Francisco recebeu em audiência os funcionários do Escritório do Auditor Geral, do Vaticano. Este organismo vaticano foi instituído há nove anos, durante o pontificado de Bento XVI, e tem como fundamento base, a reforma económica, em continuidade com o trabalho iniciado pelo seu predecessor.

Durante o encontro, onde o Santo Padre discursou, ele explorou três aspectos e valores fundamentais que acreditava serem características essenciais do trabalho do Auditor Geral. Esse triplete de princípios consistem em: independência, atenção às práticas internacionais e profissionalismo.

Independência e profissionalismo: pilares para a reforma econômica

Estando em pauta o primeiro ponto, a independência, o Papa Francisco reiterou a necessidade eminente de o Escritório do Auditor Geral manter-se independente de outros órgãos. Para o pontífice, essa independência não se traduz em arbitrariedade, mas responsabilidade e caridade, guias imprescindíveis mesmo em momentos de apontamento de práticas contábeis e administrativas que destoam do regulamento. Ele citou que “<o Senhor corrige aqueles a quem ama, como um pai corrige seu filho amado>(Pr 3:12)”, destacando a importância de correção com amor e sem protagonismo.

Quanto ao tema do profissionalismo, o Papa expressou sua gratidão pelo histórico profissional significativo dos servidores do escritório, que complementa e aperfeiçoa as atividades da Santa Sé.

A importância da atenção às práticas internacionais

Dentro da perspectiva das práticas internacionais, o Papa Franscisco focou na importância da aplicação das melhores práticas em consonância com a comunidade internacional. Entretanto, ele fez questão de ressaltar que esses padrões globais não podem obstar o ensinamentos da Igreja.

Dentro da estrutura do Escritório do Auditor Geral, existe também a importante função de Autoridade Anticorrupção, seguindo a Convenção de Mérida, adotada pela Santa Sé e pelo Estado da Cidade do Vaticano em 2016. Segundo o Papa Francisco, a corrupção é uma tentação perigosa e aqueles que trabalham na Santa Sé e no Vaticano devem estar sempre alertas.

Concluindo o seu discurso, o Papa agradeceu àqueles que servem no refeitório da Caritas, ressaltando a importância de solidariedade e amizade naquela atividade: “um sorriso e uma palavra valem ainda mais do que um prato de macarrão”.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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