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Em Davos, Papa pede pelo fim das injustiças: “elas estão na raiz dos conflitos”

O Papa Francisco, em uma mensagem para o Fórum Econômico Mundial, que teve início em 16 de janeiro, com a participação de cerca de três mil representantes do mundo da política e da economia, chamou a atenção para a situação atual de desigualdade social e apelou pela responsabilidade dos Estados e das empresas na promoção de modelos de globalização eticamente válidos.

Fome, desigualdade salarial e condições precárias

Em sua mensagem, o chefe da Igreja Católica questiona como é possível em 2024 ainda existirem pessoas passando fome, trabalhadores mal remunerados ou explorados, crianças sem acesso à educação, e indivíduos sem acesso à assistência médica ou sem teto. Francisco relembra aos participantes do Fórum a responsabilidade moral que carregam na luta contra a pobreza e na busca pela coexistência pacífica entre os povos.

A reflexão do Papa também traz à tona o cenário de guerras modernas, que não ocorrem somente em campos de batalha, envolvendo combatentes armados, mas também afetando diretamente à população civil. “Num contexto em que a distinção entre alvos militares e civis parece não ser mais respeitada, não há conflito que não termine, de alguma forma, afetando indiscriminadamente a população civil”, afirma.

Exploração de recursos naturais e trabalho

A exploração dos recursos naturais, segundo o Papa, continua enriquecendo apenas uma parcela da população, deixando a grande maioria em situação de miséria e pobreza. Francisco também pontua a exploração trabalhista de homens, mulheres e crianças, que são obrigados a trabalhar por baixos salários e privados de oportunidades de desenvolvimento pessoal e crescimento profissional.

Apelo à ação em busca do bem comum

Por fim, o líder católico faz um apelo para que os Estados e as empresas se unam na promoção de modelos de globalização voltados para o futuro e eticamente válidos, priorizando o bem comum da família humana e, especialmente, dos mais pobres e vulneráveis. “Num mundo cada vez mais ameaçado pela violência, pela agressão e pela fragmentação, é essencial que os Estados e as empresas se unam para promover modelos de globalização voltados para o futuro e eticamente sólidos”, argumenta Francisco.

A mensagem do Papa Francisco para o Fórum Econômico Mundial é um lembrete poderoso das desigualdades persistentes que marcam nosso mundo contemporâneo e um apelo à responsabilidade dos atores globais em trabalhar para superá-las.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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