BíbliaNotícias

Demora em investigar evidências de estupros do Hamas por parte da ONU gera críticas de Israel

O Hamas, grupo designado como organização terrorista, protagonizou um ataque em 7 de outubro em Israel, no qual surgem denúncias de estupros coletivos. A representante da ONU para crimes sexuais em conflitos, Pramila Patten, apresentou um relatório de 24 páginas destacando evidências “claras e convincentes” desses abusos, gerando repercussões.

O relatório aponta que reféns foram estupradas enquanto detidas em Gaza, com abusos persistentes contra mulheres em cativeiro. O documento resultou de mais de duas semanas de investigações, indicando “motivos razoáveis” para acreditar que o Hamas cometeu violações sexuais durante o ataque.

Resposta de Israel

Israel, em resposta, criticou a ONU por minimizar o relatório e demorar na análise das alegações. O governo israelense acusou a organização internacional de tentar silenciar as acusações, alegação negada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.

Pramila Patten, ao apresentar o relatório, ressaltou a necessidade de uma “investigação completa” para determinar a extensão total, o alcance e a atribuição específica da violência sexual. Durante suas duas semanas e meia de visitas a Israel e à Cisjordânia, ela se encontrou com representantes de instituições israelenses e pessoas afetadas, mas não teve acesso a sobreviventes de violência sexual.

O embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, criticou a demora em reconhecer os eventos na periferia de Gaza, acusando a ONU de minimizar o relatório e silenciar as acusações. Em resposta às críticas, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, convocou o embaixador de volta para discutir o assunto.

Grupos de defesa de mulheres também foram alvo de críticas por Israel, acusando-os de ignorar o uso de violência sexual como arma pelo Hamas durante os ataques. A resposta tardia da ONU Mulheres gerou indignação, culminando na campanha “#MeToo_UNless_UR_A_Jew”, acusando a organização de antissemitismo. O New York Times, em dezembro, publicou uma reportagem detalhando a extensão da violência sexual durante os ataques de 7 de outubro.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo