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Da prisão à liberdade: a jornada de um cristão perseguido na Coreia do Norte

Na Coreia do Norte, a fé cristã enfrenta uma perseguição intensa, onde adorar a Deus pode resultar em prisão, tortura ou execução. O reverendo Minho Song* vivenciou essa realidade em primeira mão, sendo preso e acusado de conspirar contra o governo. Sua prisão foi seguida por anos em um campo de trabalho forçado, onde enfrentou condições desumanas, perdendo cerca de 23 quilos em três meses. A acusação era uma ameaça não apenas a ele, mas também a seus pais e filhos, refletindo a severidade da perseguição aos cristãos.

Igreja clandestina na Coreia do Norte

Apesar das adversidades, a fé de Song permaneceu inabalável, sustentada pelas orações e apoio global. Libertado milagrosamente após dois anos, ele agora dedica sua vida ao cuidado da igreja perseguida na Coreia do Norte. Song destaca a existência de uma igreja clandestina, estimando entre 300.000 a 400.000 cristãos no país, cujo número continua a crescer.

A perseguição não impediu os cristãos norte-coreanos de buscar a presença de Cristo. Arriscando suas vidas, eles se reúnem em pequenos grupos e buscam possuir uma Bíblia, desafiando as restrições impostas pelo regime opressor. Song enfatiza que, mesmo diante das ameaças à vida, há uma sede por Cristo na Coreia do Norte, onde muitos norte-coreanos, após fugirem para a China durante a década de 1990, se converteram ao cristianismo e, alguns voluntariamente, retornaram para compartilhar o Evangelho.

A prisão e a perseguição não silenciaram a fé de Minho Song. Pelo contrário, fortaleceram sua determinação em fazer a igreja de Cristo crescer. Sua história é um testemunho da resiliência da fé cristã diante das adversidades, mostrando que, mesmo nas situações mais difíceis, a luz da esperança e da crença persevera.

*Nome alterado para preservar a identidade do indivíduo.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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