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Chineses cristãos fogem de perseguição e encontram redenção nos EUA

Um testemunho de fé e perseverança emerge das sombras da perseguição religiosa na China, à medida que membros da Igreja Reformada Santa de Shenzhen, conhecida como “Igreja Mayflower”, buscam refúgio e liberdade nos Estados Unidos. Liderada pelo pastor Pan Yongguang, essa comunidade enfrentou ameaças, interrogatórios e a constante pressão do Partido Comunista Chinês (PCC), antes de encontrar esperança do outro lado do oceano.

O pastor Pan, ao discursar diante do Capitólio dos EUA, expressou sua gratidão a Deus por conduzir sua congregação à liberdade americana. Após quatro anos nos Estados Unidos, vivem sob liberdade condicional humanitária, conquistada com esforços do ativista Bob Fu e organizações de direitos humanos. A jornada incluiu passagens pela Coreia do Sul e Tailândia, marcadas por desafios e a negação de asilo.

No Texas, mais precisamente em Midland, a Mayflower Church encontrou um lar na Primeira Igreja Batista. Recentemente, celebraram seu primeiro culto no novo local, um marco significativo após anos de perseguição e incertezas. A congregação local demonstrou apoio, oferecendo suas instalações três vezes por semana.

A Gratidão

O pastor Darin Wood, da Primeira Igreja Batista, expressou gratidão pela oportunidade de apoiar aqueles que buscam liberdade religiosa. Destacou o compromisso da igreja com missões e causas humanitárias, enfatizando que é um reflexo do coração da igreja. Apesar das diferenças culturais e linguísticas, a comunidade local uniu-se à Mayflower Church em um gesto de solidariedade.

Em entrevista ao Christian Post, o pastor Pan enfatizou que muitos cristãos na China ainda enfrentam a opressão do PCC. Ele instou o governo dos EUA a pressionar os perseguidores na China e destacou a colaboração de igrejas americanas que apoiam os cristãos chineses, fornecendo Bíblias e assistência.

O ativista Bob Fu alertou sobre a intensificação da perseguição na China, destacando a manipulação da Bíblia pelo PCC. Relatos indicam alterações nos ensinamentos de Jesus e substituições nos 10 Mandamentos por citações do líder chinês Xi Jinping. Fu ressaltou que a China está travando uma “guerra contra a fé” e que a liberdade religiosa é fundamental para a liberdade como um todo.

Essa história é um testemunho inspirador de resiliência, colaboração inter-religiosa e a busca contínua por liberdade e redenção, mesmo diante das adversidades impostas pela perseguição religiosa na China. A celebração da primeira missa da Mayflower Church nos EUA representa não apenas um marco litúrgico, mas um símbolo de esperança e renovação para aqueles que buscam uma vida de fé sem ameaças e perseguições.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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