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Bispo e deputada luteranos da Finlândia são processados por doutrina cristã

Os líderes cristãos Päivi Räsänen, parlamentar, e Juhana Pohjola, bispo luterano, enfrentam um novo julgamento no Supremo Tribunal da Finlândia, acusados de “discurso de ódio” relacionado à doutrina cristã sobre casamento e homossexualidade.

Histórico do Conflito

As acusações se baseiam em um panfleto de 2004 escrito por Räsänen, abordando a doutrina luterana sobre sexualidade, incluindo a proibição de atos homossexuais. Em 2019, durante um debate de rádio, ela reiterou essas posições e posteriormente criticou, através do Twitter, a participação de membros luteranos em uma parada do orgulho gay. Os procuradores alegam que esses comentários incitam “intolerância, desprezo e ódio contra os homossexuais”.

Já Julgado e Descartado

Apesar de as acusações terem sido descartadas em instâncias anteriores, os procuradores persistem, buscando multar e censurar os líderes cristãos. Decisões de março de 2022 e novembro de 2023 argumentaram que os juízes não devem “interpretar conceitos bíblicos”.

Desafio à Liberdade Religiosa

Após um extenso interrogatório policial sobre suas crenças religiosas, Räsänen declarou não temer o Supremo Tribunal. A Alliance Defending Freedom (ADF), organização que representa os líderes, enfatiza que o processo tornou-se uma punição em si mesma. O diretor executivo da ADF, Paul Coleman, destaca que o caso levanta questões cruciais sobre a liberdade religiosa, associando-o a uma crescente ameaça à liberdade religiosa nos países ocidentais.

Caso Internacional

O caso está agora no centro das atenções internacionais, com a possibilidade de ser levado ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. A continuidade do processo questiona não apenas a liberdade de expressão, mas também os limites da liberdade religiosa, repercutindo nas crescentes práticas de censura e cultura do cancelamento.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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