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Beato Artemide Zati: Enfermeiro, farmacêutico e exemplo de caridade | 15/03

A Santo do dia 15/03, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: Artemide Zati. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam Artemide Zati digno de ser lembrado e celebrado neste dia especial.

Artemide Zati

No pitoresco vilarejo de Boreto, na Itália, Artemide Zati viu a luz do mundo em 12 de dezembro de 1880, sendo batizado no mesmo dia. Filho de Albina Vechi e Luís Zati, cresceu em meio à pobreza, trabalhando nas plantações rurais ao lado de seus pais. Contudo, a busca por melhores condições de vida levou a família a emigrar para a Argentina em 1897, estabelecendo-se em Baía Blanca.

Os desafios financeiros persistiram, levando o jovem Artemide a labutar em uma olaria, confeccionando tijolos. Paralelamente, encontrou na paróquia dos salesianos um refúgio espiritual, vinculando-se ao pároco, que se tornaria seu amigo e diretor espiritual. Aos vinte anos, impulsionado por uma espiritualidade fervorosa, atendeu ao conselho do pároco, ingressando no seminário salesiano de Bernal como aspirante.

A vida de Zati tomou um novo rumo quando, durante sua permanência no seminário, foi incumbido de auxiliar um jovem sacerdote tuberculoso. Nesse período, contraiu a mesma doença. Enviado à Patagônia, sob os cuidados do hospital de São José e envolto pelo ar puro de Viedma, iniciou um processo de recuperação que o sensibilizou para as agruras dos menos favorecidos nos hospitais.

A promessa feita à Virgem Auxiliadora de consagrar-se ao cuidado dos enfermos, caso se recuperasse, revelou-se cumprida ao longo dos anos. Em 1906, ingressou no noviciado, consolidando seu comprometimento com a missão de auxílio aos necessitados. Em 1917, diplomou-se como enfermeiro e farmacêutico, elevando sua dedicação e conhecimento.

A história de Zati se entrelaça com o desenvolvimento de um pequeno hospital, fruto de sua devoção e doação. Mesmo após o diagnóstico de um câncer incurável em meados de 1950, continuou seu trabalho incansável. Faleceu em 15 de março de 1951, já reputado por sua santidade. O Papa João Paulo II o beatificou em 2002, consagrando sua contribuição e exemplo de caridade.

A caridade, para Zati, não era apenas uma ação excepcional, mas uma prática incorporada ao ordinário da vida. Seu legado transcendeu fronteiras, influenciando a Pastoral da Saúde e inspirando ações concretas em prol dos necessitados. A simplicidade e proximidade com os enfermos foram marcas do beato, que, mesmo sem recursos abundantes, organizava loterias e leilões para sustentar sua missão.

Seu testemunho ecoa nas palavras do Padre Ángel Fernández Artime, que o descreve como um Bom Samaritano, vivendo a proximidade como expressão do amor de Jesus Cristo. O legado de Artemide Zati é um convite à vida consagrada e à missão de cuidar dos mais frágeis. Sua vocação, embora desafiadora, destaca-se como um farol, iluminando o caminho daqueles que buscam a radicalidade da sequela de Cristo e a vivência fraterna em comunidade.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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