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Afinal, Adão tinha umbigo? Conheça as duas teorias que respondem essa pergunta

Por diversas culturas e gerações, a figura de Adão, o primeiro homem segundo a tradição judaica e aceita pelo catolicismo, tem sido ponto de discussão e estudo. Conforme conta a Bíblia no livro de Gênesis, Adão foi criado por Deus à Sua imagem e semelhança. Mas, uma pergunta que surgiu na mente de pensadores científicos e teológicos por séculos permanece: Adão tinha umbigo?

Essa pergunta pode parecer insignificante à primeira vista, mas possui implicações profundas para a compreensão de nossa própria biologia e história de origem. Teoricamente, se Adão foi criado adulto por Deus, não deveria ter umbigo, uma vez que esse é um traço nos humanos resultante do corte do cordão umbilical depois do nascimento.

O que dizem os pensadores sobre a questão?

Existem teorias divergentes sobre o assunto. Alguns pensadores defendem que o umbigo de Adão foi formado no momento da criação, enquanto outros argumentam a presença de um cordão umbilical pré-existente. Essas conjecturas levam a outras perguntas: Como eram os corpos de Adão e Eva no paraíso antes da expulsão? Se eles foram feitos à imagem e semelhança de Deus, Ele tem umbigo?

Adão e o criacionismo versus evolucionismo

Com o passar do tempo e o surgimento de novas ideias e teorias, a visão da criação divina incontestável sofreu questionamentos. Com o avanço do Iluminismo no século XVIII e a publicação do livro “A Origem das Espécies”, de Charles Darwin, o criacionismo começou a ser refutado nos meios científicos.

Darwin argumentou sobre a evolução dos seres vivos por meio da “seleção natural”, postulando que os seres vivos se aprimoraram geneticamente ao longo do tempo. Porém, esta teoria não explica totalmente a origem da humanidade, o que permite que a discussão sobre a criação por uma entidade divina e a evolução sobreviva até hoje.

Adão e a teoria do Onfalos

Em resposta à teoria de Darwin, o naturalista Philip Gosse publicou “Onfalos”, no qual argumentava que Deus criou Adão e Eva com umbigos, usando como exemplo a presença de fósseis no solo e a idade pré-existente das rochas – ambos, segundo ele, são criações divinas implantadas para parecerem mais antigas.

A existência do umbigo em Adão e Eva, portanto, continua sendo um tópico de debate, com interpretações diversas entre protestantes – que defendem a interpretação literal da Bíblia – e católicos, que veem espaço para interpretação e discussão acerca dos textos bíblicos. Independente da resposta final, essas discussões trazem à tona questões fundamentais sobre nossa própria origem e o entendimento da história da humanidade.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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