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A cruz de Jesus era de Barrabás? A verdade sobre a crucificação de Cristo

Nos tempos bíblicos reportados no Novo Testamento está recorrido o episódio do julgamento de Jesus por Pôncio Pilatos, onde surge a figura de Barrabás. Que, a propósito, seria apenas mais um personagem histórico desconhecido se não fosse esse passagem bíblica específica. Sua biografia nos faz refletir sobre as razões políticas que levaram à troca de Jesus Cristo por Barrabás.

Barrabás, cujo nome originário da antiga língua aramaica Bar Abbas, sendo contemporâneo à Jesus Cristo, tinha sua atividade profissional como remador de botes na cidade de Jopa, ao sul da Judeia. Mas como terminou envolvido na controvérsia que levou Jesus à crucificação? Vamos dissecar essa trajetória.

Quem foi Barrabás?

Este personagem bíblico não era um criminoso nato, mas era visto como um incômodo pelo governo de Roma por sua popularidade e credibilidade entre o povo judeu. Barrabás era um líder do grupo revolucionário denominado zelote, que lutava para libertar Israel do domínio opressor de Roma. Suas ações, consideradas “ataques de guerra” contra as forças invasoras romanas, o levaram à prisão em um episódio que acabou com a morte de vários soldados romanos na cidade de Cafarnaum.

Por que Barrabás foi escolhido?

Os judeus da época não consideravam Jesus como Deus, uma ideia posteriormente propagada pelos seus discípulos. Por não ter objetivos claros em relação ao Império Romano, e sim voltados para reformas religiosas, Jesus não tinha a relevância política que Barrabás possuía. Pilatos, reconhecendo esse fato e percebendo uma oportunidade de semear um conflito interno entre os judeus, propõe a troca de Jesus por Barrabás.

As consequências da escolha de Barrabás

Por sua luta incansável pela libertação de Israel e por ter as ideias claras em relação a Roma, Barrabás foi o escolhido pelo povo para ser libertado, deixando para Jesus a condenação. O intento de Pilatos de eliminar Barrabás não se concretiza, e o líder revolucionário termina sendo liberto. Pilatos, entretanto, acaba tendo suas próprias consequências políticas, condenado ao suicídio pelo Imperador de Roma por sua falha estratégica em defender Jesus Cristo.

A escolha de Barrabás pelo povo judeu não é apenas uma passagem bíblica, mas sim um arco histórico importante no entendimento do contexto político da época. Um episódio que denota as convicções e esperanças de um povo oprimido, buscando libertação através da liderança de Barrabás, uma figura que, apesar de pouco explorada, desempenhou papel crucial na história de Israel e de Roma.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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