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Turquia expulsa 9 missionários cristãos por ameaça à segurança nacional

Missionários são indivíduos dedicados a espalhar a mensagem religiosa, frequentemente cristã, em diversas partes do mundo. Eles pregam o evangelho, realizam obras sociais e apoiam comunidades locais, muitas vezes enfrentando desafios culturais e legais.

Turquia expulsa 9 missionários cristãos

Na Turquia, um país de maioria muçulmana, a perseguição aos cristãos é crescente. A pequena comunidade cristã enfrenta restrições significativas à sua liberdade religiosa. Desde 2018, cerca de 185 ministros protestantes estrangeiros foram deportados ou impedidos de retornar ao país. Recentemente, o Tribunal Constitucional da Turquia confirmou a expulsão de nove missionários cristãos, classificando-os como uma ameaça à segurança nacional sob o código de imigração “N-82”.

Entre os missionários expulsos, Helmut Frank e Matthew Vern Black já deixaram o país voluntariamente. Os nove fazem parte de um grupo maior de mais de 30 cristãos afetados pelo mesmo código. O Tribunal afirmou que a decisão não violava os direitos dos estrangeiros ou a liberdade religiosa, mas a organização ADF International destacou que essa expulsão é parte de uma tendência preocupante de perseguição religiosa na Turquia.

O presidente do Tribunal Constitucional, juiz Zühtü Arslan, discordou da decisão majoritária, argumentando que não havia provas concretas de que as atividades missionárias representassem uma ameaça à segurança nacional. A ADF International criticou a decisão, afirmando que ela viola a Convenção Europeia de Direitos Humanos e os Pactos Internacionais dos quais a Turquia é signatária. Com essa decisão, a comunidade cristã na Turquia, formada por cerca de 170 mil pessoas, enfrenta um futuro ainda mais incerto em um país que ocupa a 50ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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