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Ousadia na Perseguição: Cristãos Norte-Coreanos evangelizam seus filhos

A perseguição aos cristãos é uma realidade dolorosa e persistente em várias partes do mundo, onde a prática de sua fé pode levar a severas punições, prisão e até morte. Em países como a Coreia do Norte, essa perseguição atinge níveis extremos, forçando os crentes a viverem e praticarem sua fé em total clandestinidade.

Ousadia na perseguição

Na Coreia do Norte, qualquer atividade cristã é proibida e pode resultar em severas punições para toda a família envolvida. A prática do cristianismo é considerada uma ameaça ao regime, e os crentes são frequentemente executados ou enviados para campos de trabalho forçado. Apesar disso, muitos cristãos norte-coreanos continuam a evangelizar e a transmitir sua fé às próximas gerações, arriscando tudo para manter vivo o legado de Jesus.

O irmão Simon*, que tem servido aos cristãos norte-coreanos por mais de 35 anos e trabalha com o ministério Portas Abertas há mais de 25 anos, compartilha que esses crentes demonstram uma fé inabalável e uma coragem impressionante. Eles ensinam seus filhos sobre a fé cristã, cientes dos riscos, para garantir que a próxima geração continue a seguir Jesus.

Através de canais secretos, estabelecidos com a ajuda de organizações como a Portas Abertas, os cristãos norte-coreanos conseguem receber Bíblias e outros recursos espirituais. Simon relata que esses canais são um verdadeiro milagre, permitindo que a igreja secreta na Coreia do Norte se fortaleça e cresça, mesmo sob intensa perseguição.

Providência divina em meio às adversidades

Nos primeiros encontros com cristãos norte-coreanos fora do país, Simon observou que eles pediam principalmente pela Palavra de Deus, mesmo sabendo dos perigos de possuí-la. Hoje, esses canais secretos continuam a fornecer apoio vital, demonstrando a providência divina em meio às adversidades.

A história do cristianismo na Coreia do Norte é profunda e marcada por sacrifícios. Antes da era comunista iniciada em 1948, cerca de 60% dos coreanos eram cristãos. Após a Guerra da Coreia, muitos decidiram permanecer no país, apesar da perseguição. Esses crentes, forçados a operar na clandestinidade, continuaram a manter suas igrejas e a transmitir sua fé às novas gerações.

A principal preocupação dos cristãos norte-coreanos é garantir que seus filhos tenham a mesma fé robusta para sobreviver às adversidades do regime. Eles compartilham com seus filhos histórias de como Deus os ajudou e respondeu às suas orações, reforçando a necessidade de uma fé firme e resiliente.

A Coreia do Norte, que ocupa o primeiro lugar na Lista Mundial de Observação da Portas Abertas de 2024 como o país mais difícil para ser cristão, continua a ser um terreno de prova para a fé. No entanto, a coragem e a determinação dos cristãos norte-coreanos em evangelizar seus filhos e manter sua fé servem como um poderoso testemunho de resistência e esperança.

*Nome alterado por segurança.

Lucas Alves

Jornalista e colaborador do Diário da Fé.

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